6. INFORMÁTICA NA EDUCAÇAO ESPECIAL
6. INFORMÁTICA NA EDUCAÇAO ESPECIAL

6.1 O que é ensino especial

Educação Especial é um modo de ensino com um conjunto de recursos e serviços educacionais, voltados para educação de pessoas portadoras de deficiências físicas e /ou intelectuais em instituições especializadas e na rede regular, e tem como objetivo a educação e o desenvolvimento do individuo, preparando o mesmo para o exercício de sua cidadania e qualificando-o para o trabalho.

 

Figura 16 (Crianças com algum tipo de deficiência brincando em frente à escola)

janderleiaferraz.blogspot.com

Acesso: 19/04/2013

 

6.2 História

Na antiguidade, pessoas portadoras de deficiência físico-mentais, eram consideradas amaldiçoadas, outros acreditavam ser ação de espíritos ruins, bruxos e duendes.

Na Idade Média, as pessoas com deficiência eram identificadas com sinais no corpo, para serem evitadas. Nessa época elas tinham poucas oportunidades de sobreviverem, pois o povo acreditava que pessoas deficientes tinham poderes demoníacos. Em algumas culturas às pessoas eram marcadas com fogo ou cortes, essas pessoas marcadas deviam ser evitadas principalmente em lugares públicos.

O povo Hebreu enxergava as deformidades do corpo como pecado ou impureza. Em outras culturas primitivas essas pessoas dependentes eram prejudiciais à população e por isso eram abandonadas.

 

6.3 Formas de Ensino

A utilização do computador como forma de ensino é útil no processo de aprendizagem.

As ferramentas, mouse e teclado devem ser adaptados para cada tipo de dificuldade. 

 

Figura 17 (Computador diferenciado, adaptado para deficientes visuais)

vidamaislivre.com.br

Acesso: 19/04/2013

 

6.4 Informática na Educação Especial

Há uma grande variedade de softwares que foram desenvolvidos para facilitar o aprendizado de pessoas com deficiências.

As tecnologias na educação especial infantil têm evoluído bastante, auxiliando e facilitando no ensino, em diversos tipos de deficiências com o auxilio de professores treinados.

 

6.4.1 Softwares

Softwares educativos são criados para a educação especial, como forma de ensinar e aprender sempre levando em conta as dificuldades de cada individuo.

Esses softwares são programas educativos de computador que recebem instruções e que são executadas pelo computador e são apresentados conforme cada objetivo.

Tutoriais, aplicativos, exercícios, jogos, multimídia e navegação na internet têm também a modelagem e simulação dos softwares.

Abaixo temos alguns exemplos de softwares voltados para o ensino de pessoas com deficiências:

 

6.4.1.1 Deficiência Motora

Deficiência motora é uma disfunção física ou motora, a qual poderá ser de carácter congénito ou adquirido.
Desta forma, esta disfunção irá afetar o indivíduo, no que diz respeito à mobilidade, à coordenação motora ou à fala.

 

AFS PC Child

Este software possui jogos que ajudam nas habilidades motoras e cognitivas. Os jogos são quebra-cabeça, tabuada, exploração dos movimentos do mouse, montagem da bandeira do Brasil e especificações dos estados brasileiros. Pode ser utilizado para crianças com dificuldades de aprendizagem e que apresentem Transtorno Global de Desenvolvimento, no caso o Autismo.

 

Sócrates

Software que tem vários jogos, letras e números e também atividades que associam quebra-cabeça, labirintos de pinturas e muitas outras. Utilizado para pessoas com dificuldades de aprendizagem, dificuldade motora e também doenças mentais.

 

Cobpaint

Software de desenho desenvolvido para pessoas com dificuldades de aprendizagem motora e deficiência visual. Com botões grandes e ferramentas básicas de desenho, torna mais fácil sua utilização.

 

Figura 18 (Interface do programa CobPaint)

especialsoftware.blogspot.com

Acesso: 19/04/2013

 

6.4.1.2 Deficiência Visual

É a perda parcial ou total da visão. Também podem ser classificadas em dois tipos:

Deficiência Visual Total – é a perda total ou resíduo mínimo de visão.

Deficiência Visual Parcial – aqui há resíduos visuais ou de luminosidade.

O deficiente visual nos dias atuais tem varias ferramentas disponíveis para ajuda-lo em seus estudos e lazer. A cada ano surgem novas tecnologias, um exemplo disso são as bengalas com sensores e até computadores para cegos.

Na maioria das vezes essas novidades não são tão acessíveis, pois muitos produtos são importados e caros o que faz com que os deficientes não tenham contato e condições financeiras de ter um.

 

Biblivox

 Sistema de controle, cadastro e consulta bibliográfica vocal para deficientes visuais. Tem o objetivo de servir de ferramenta de apoio e estimulando o processo de pesquisa e consulta bibliográfica e da administração do sistema por portadores de deficiência visual, com o auxílio de voz sintetizada, permite que se possam realizar consultas ou manutenção do sistema.

 

Dosvox

 Sistema operativo que permite que deficientes visuais utilizem um computador comum para executar várias tarefas adquirindo independência no estudo e no trabalho. Este sistema interage com o usuário através de voz sintetizada, em português.

 

Figura 19 (Criança utilizando o sistema Dosvox com a ajuda de uma professora especializada em cuidados para deficientes)

www.gpeconline.com.br

Acesso: 19/04/2013

 

6.4.1.3 Deficiência Auditiva

É a perda de audição total ou parcial que uma pessoa sofre por algum trauma ocorrido quando pequeno ou não há casos em que os bebês já nascem sem a audição.

 

BPM Counter

Este aplicativo converte os ritmos em recursos visuais.

Coloca-se o número de BPM (batidas por minuto) de uma música, e o software traduz o ritmo em quadrados coloridos que se acendem conforme a velocidade das batidas. O programa ainda não traz autonomia total ao usuário, pois exige que um ouvinte conte as BPM que o deficiente irá visualizar, mas já é um grande avanço para facilitar a vida destes pacientes.

 

6.4.1.4 Deficiência Mental e Autismo

Deficiência Mental

É considerado deficiente intelectual (mental) pessoas com padrão intelectual abaixo da média normal e que os sintomas tenham surgido antes dos dezoito anos.

O deficiente intelectual é o indivíduo que tem uma maior ou menor dificuldade em seguir o processo regular de aprendizagem, necessitando de medidas educativas especiais de apoios e adaptações curriculares que facilitem no processo de ensino.

 

Autismo

Em 1943, Léo Kanner definiu o autismo como um diagnóstico de contato afetivo (crianças que não conseguem ter relações normais com as outras pessoas) que tem um atraso na linguagem e na comunicação, o autista tem gestos estereotipados e sugere que seu ambiente deve permanecer inalterado. Eles têm boa memória e o principal sintoma é o isolamento.

Os softwares para estes tipos de deficiência podem ser os mesmos que os das outras citadas nos subtópicos anteriores.